O céu amanhecia com tons de cinza e vermelho, como se pressentisse a tempestade que se formava. Sophia, ainda enrolada em um lençol, observava a cidade pela janela do apartamento de Alexander. Havia uma estranha paz antes da guerra — e, dentro dela, uma certeza: não havia mais volta.
Alexander entrou na sala, tenso, vestindo apenas calça social, os cabelos molhados da ducha rápida. Seus olhos estavam sombrios, focados. Ele carregava o celular na mão, a tela aberta em uma mensagem de Davi:
“O advogado do César foi visto entrando na sede da Promotoria. Ele está tentando comprar o silêncio de alguém.”
— Ele está tentando se proteger com antecedência — disse Alexander. — Mas não vai adiantar. O vídeo já está com jornalistas internacionais. Não tem como barrar o que está vindo.
Sophia se virou para ele, cruzando os braços sobre o peito nu, protegendo-se do frio e, talvez, do medo que começava a se infiltrar.
— E Carolina? E Rafael? Eles estão seguros?
— Rafael está com ela em uma casa que