O amanhecer chegou com uma beleza quase irônica. O céu tingido de dourado contrastava com o silêncio denso que envolvia o chalé. Luna vestia uma camisa larga de Leonel enquanto tomava café na varanda, os olhos fixos no horizonte. O aroma do café recém-passado misturava-se ao ar frio da manhã, criando uma falsa sensação de paz.
Dentro dela, algo havia mudado. O prazer da noite anterior não era apenas físico — era libertador. Pela primeira vez em muito tempo, ela não se sentia refém de sua própria história. Era dona dela. Não uma peça no tabuleiro da família Bragança, mas alguém que escolhia seus próprios passos, mesmo diante do perigo.
Leonel se aproximou, os cabelos ainda bagunçados e o olhar sério. A camisa de algodão colava ao peito largo e ele carregava o celular na mão.
— Recebi uma mensagem de Rafael — disse ele, entregando o aparelho.
Luna leu em silêncio. A matéria havia se espalhado como pólvora. Sites, redes sociais e até canais internacionais estavam repercutindo o escândalo