O sol começava a se esconder quando Luna, sentada diante da lareira acesa, sentiu o peso de tudo o que estava prestes a fazer. As chamas dançavam diante dos seus olhos como se fossem uma extensão daquilo que queimava dentro dela: raiva, dor, mas também uma sede incontrolável de justiça.
Leonel entrou no cômodo com passos silenciosos, os olhos observando cada detalhe do rosto dela. Desde que o mandado de prisão havia chegado, ele sabia que o tempo deles estava se esgotando. Mas não era medo o que o consumia. Era o desejo de ver Luna vencer. De finalmente acertar as contas com o passado.
— Rafael confirmou. Conseguimos um espaço no evento de gala beneficente dos Bragança. O discurso de César é a atração principal. Você vai ter dois minutos no palco antes dele subir.
— Dois minutos é tudo que eu preciso.
Luna se levantou e caminhou até ele, com os olhos determinados. Seus dedos tocaram o peito de Leonel, e seu olhar buscou apoio no dele.
— Eu não quero que você se entregue. Se eles tenta