A noite caiu sobre a mansão com um silêncio estranho, como se até o vento estivesse segurando o fôlego. Luna despertou no meio da madrugada, ainda embriagada pelos momentos intensos que vivera com Leonel horas antes. O corpo ainda latejava, a pele sensível onde os toques dele haviam deixado marcas invisíveis de prazer. Os lençóis guardavam o cheiro dele, misturado ao dela, e por um instante ela pensou em se aconchegar de novo nos braços dele.
Mas algo a impedia.
Um pressentimento pesado, que apertava o peito e mantinha seus sentidos alertas. Como se o destino estivesse segurando a respiração antes de derramar mais uma tormenta sobre eles.
Lentamente, ela desceu as escadas, envolta apenas em um robe de seda. A mansão estava mergulhada na penumbra, exceto por uma fraca luz na sala de estar. Quando se aproximou, as vozes chegaram até seus ouvidos — uma grave, familiar. A outra… carregada de veneno.
— Você ficou mesmo mole, irmão — disse a voz desconhecida, com sarcasmo. — Nunca pensei qu