O amanhecer tingia o céu de tons alaranjados quando Leonel deslizou lentamente para fora da cama. Luna dormia profundamente, o lençol envolvendo seu corpo nu como seda, os cabelos espalhados no travesseiro. Ele parou por um instante apenas para observá-la, o coração apertado com o peso do que estava por vir.
A reunião com Guilherme seria às dez. Em um restaurante discreto na zona sul, onde os poderosos escondem segredos entre taças de vinho e contratos silenciosos.
Mas antes da guerra, ele precisava de um último momento de paz.
Leonel retornou para a cama. Deitou-se devagar e, com os dedos leves, começou a acariciar a curva do quadril de Luna. Ela se remexeu, soltando um murmúrio sonolento.
— Está tentando me acordar ou me provocar? — ela perguntou com um sorrisinho nos lábios, sem abrir os olhos.
— As duas coisas.
Ela virou-se, abrindo os olhos devagar, e os dois se encararam no silêncio cúmplice que só amantes verdadeiros compartilham.
— Que horas são?
— Ainda temos um tempo. Mas eu