Verônica adorava assistir às aulas de natação de Isabela. A sobrinha era uma graça tentando flutuar, mas o entusiasmo de Verônica ia além do amor de tia: o instrutor era lindo, sorridente, e tinha um jeito encanta-dor com crianças. Toda terça e quinta-feira, ela estava pontualmente à beira da piscina, com um sorriso nos lábios e os olhos fixos no professor.
Nos outros dias, Verônica aproveitava a piscina por conta própria, sempre levando Isabela para se divertir. Era um momento alegre e leve — Isabela ria alto, chapinhava, e Verônica mergulhava com ela, enchendo a área de vida e barulho bom.
Alina, nesses momentos, preferia observar. Ficava sentada sob a sombra, com uma garrafinha de água e um olhar protetor sobre a menina. Gostava da cena, sentia-se parte daquela família, mesmo que ainda não
soubesse seu verdadeiro lugar ali.
Naquela tarde, Joaquim chegou mais cedo do que o normal. Estacionou o carro e, ao caminhar pela late-ral da casa, viu a irmã e a filha se divertindo na piscina