Bufei alto, sem me importar se ele estava ali ou não. Me virei e deitei na cama, me enfiando debaixo do cobertor com raiva, com sono, e com o coração esgotado. Eram quase três da manhã, e ele tinha me arrancado do meu quarto para discutir.

Eu estava exausta.

Fechei os olhos com força, tentando não explodir mais ainda. Tudo o que eu queria era dormir. Mas mesmo deitada, eu podia sentir o olhar dele sobre mim. O quarto estava silencioso… pesado… tenso.

— Pode ficar puta comigo, se quiser. — Ele disse com aquela voz grave, baixa, que sempre fazia meu peito apertar. — Mas não pode fugir quando as coisas não estão dando certo. Tem que ficar puta aqui, comigo. Nesse quarto. No nosso quarto.

Nosso quarto.

Essas duas palavras ecoaram na minha cabeça como se ele tivesse gritado.

Nosso.

Abri os olhos, ainda deitada. Minha respiração estava presa no peito.

Desde quando era nosso?

Desde quando ele pensava assim?

Desde quando isso não era só dele, só… dele e das regras dele?

Me virei devagar, puxa