— E você? Com todas aquelas mensagens e dizendo que estava rodeado de mulheres? Esperava o quê?
A encarei, sério.
— Esperava que você surtasse de ciúmes. Queria te tirar do sério. Queria que você me odiasse um pouco… para esquecer o quanto me deixa vulnerável.
Ela ficou em silêncio, os lábios entreabertos. Eu me inclinei, beijando sua boca com força, com fome, mas também com necessidade. A gente se completava até no caos.
Terminamos o banho em silêncio, mas com os corpos ainda colados, as mãos ainda se tocando a cada movimento. Quando saímos, enrolei a toalha nela e a carreguei até minha cama. Coloquei ela ali como se fosse uma extensão do que eu sou — do que eu pertenço.
Deitei ao seu lado, puxando-a para mim até que sua cabeça repousasse no meu peito.
— Vai dormir aqui hoje. — Falei como uma ordem.
Ela não respondeu. Apenas se aninhou mais, os dedos deslizando de leve pelo meu abdômen. Aquilo, para mim, era um sim.
Suspirei, finalmente sentindo meu corpo relaxar.
Er