Eu estava ficando louca com o silêncio.
Será que ele estava me evitando?
Será que era castigo por eu ter sido fria demais naquela manhã?
Ou será que… ele estava com outra?
Meu coração apertou.
Tentei ignorar o nó na garganta e vesti o robe por cima do pijama leve. Respirei fundo e saí do quarto, andando descalça pelo corredor, tomando cuidado para não fazer barulho. O quarto dele ficava no fim. Entre o meu e o dele, os quartos de Isabella e Verônica. Qualquer batida forte seria ouvida.
Fiquei ali, parada em frente à porta. Um pé à frente, o outro hesitando. Bato ou entro?
E se ele não quiser me ver?
E se ele estiver dormindo?
"Ah, dane-se."
Girei a maçaneta devagar e empurrei.
Vazio.
A cama estava arrumada. As luzes apagadas. Nenhum sinal de que ele tinha voltado ali desde a manhã. Engoli em seco. A onde ele estava?
Fui até a sala.
Vazia.
Depois ao escritório.
Nada.
O desespero silencioso começou a tomar conta de mim.
Estava surtando por dentro, mas não podia parecer