— Você é insuportável.
— Sou? — ele respondeu com segurança, inclinando-se para beijá-la, mesmo com ela ainda de braços cruzados.
Alina saiu do quarto de Joaquim com passos firmes, o rosto vermelho — parte de raiva, parte de vergo-nha. Bateu a porta com mais força do que pretendia, mas não olhou para trás. Joaquim permaneceu ali, sentado na beira da cama, rindo baixinho.
Revirou gavetas, cabides, até encontrar uma blusa de gola alta. Mas ao se olhar no espelho, percebeu que algumas marcas ainda poderiam aparecer dependendo do movimento.
Ela olhou para roupa e pensou — E agora o que vou dizer? To resfriada de novo?
Celular tocou avisando que havia chego uma mensagem:
Gabriel: “Bom dia, Alina. Como você está? Ontem a noite terminou de um jeito meio estranho... queria sa-ber se você está bem. Queria te ver hoje à noite, conversar um pouco. O que acha?”
O estômago de Alina revirou. O coração deu um salto ansioso — não exatamente por Gabriel, mas pela confusão que aquilo representava. Olho