— Então vai ter que se acostumar. Eu estou aqui... não só pra Isa. Estou aqui por você também.
Alina o olhou nos olhos. A sinceridade dele era desconcertante — intensa, sem disfarces. Mesmo cansada e desconfortável com tudo o que havia acontecido na noite anterior, ela não podia ignorar o calor que sentia por dentro.
— Você me assusta às vezes, Joaquim. Porque… você me faz querer ficar.
Joaquim suspirou fundo, tocando o rosto dela com as duas mãos.
— Eu quero que você fique. Não só na casa. Quero que fique… comigo.
O silêncio entre eles foi interrompido apenas pelo leve som da respiração de ambos. Alina desviou o olhar, engolindo em seco. Aquilo era mais do que ela estava preparada pra ouvir, e ainda assim… não queria ir embora.
— Tá bom. — ela disse baixinho. — Mas agora deixa eu terminar esse suco, porque preciso tomar o remédio.
Joaquim riu com carinho e a puxou mais para perto.
— Combinado. Mas depois, você fica mais um pouco aqui… comigo.
Ela assentiu com a cabeça, recostando-se