O tempo passou mais rápido do que ambos desejavam. Quando Filipe fechou a mala, o coração de Esther apertou de um jeito novo, diferente da ansiedade comum. Era como se estivesse se despedindo de uma parte de si mesma — mas, ao mesmo tempo, sabia que não era um fim. Era um recomeço.
O aeroporto parecia mais silencioso do que o normal. Ela segurava a mão dele com força, como se pudesse impedir que ele embarcasse apenas com o toque. Filipe olhava para ela com uma ternura que fazia os olhos dela marejarem a cada segundo.
— Você tem certeza? — ele perguntou pela terceira vez. — Podemos tentar depois, posso recusar…
— Filipe — ela interrompeu, sorrindo com o olhar brilhando —, não podemos viver nos sabotando. Você precisa ir. Precisa viver esse sonho. E eu estarei aqui, torcendo, vibrando, te amando… de longe, mas de verdade.
Ele respirou fundo. Era difícil. Mais do que imaginava. Mas ver Esther tão forte o fazia sentir que estava indo embora com algo a mais: esperança.
— Eu te amo, Esther.