O sol ainda não havia rompido o véu das montanhas quando o primeiro choro de Lyara cessou. Na torre Silver, o tempo parecia suspenso. Brianna repousava envolta em mantas brancas, exausta, mas com um brilho incomum nos olhos. Peter e Klaus estavam ao seu lado — um de cada lado da cama, os dedos tocando suavemente a pele ainda quente da recém-nascida, como se temessem quebrar algo tão puro com um toque mais firme.
Lyara dormia em paz sobre o colo da mãe, envolta por uma luz suave que parecia emanar da própria pele. Seus cabelos, tão claros que pareciam prata em brasa, espalhavam-se como raios de luar sobre o peito de Brianna. Mesmo adormecida, a aura mágica ao redor dela fazia os cristais da torre vibrarem com tons sutis, quase como um cântico.
— Ela respira diferente — murmurou Klaus, a voz embargada. — Como se o ar estivesse obedecendo.
— Não é só o ar — completou Peter, os olhos fixos nela. — A Terra pulsou com o nascimento. Você sentiu?
Brianna assentiu lentamente. — Como um segundo