A chuva cessou ao cair da noite, deixando no ar um cheiro de terra molhada e flores que não haviam sido plantadas por mãos humanas. A torre dos Silver, iluminada por velas e cristais encantados, vibrava com uma energia que nenhum dos presentes ousava nomear. Era como se a própria terra prendesse o fôlego. Como se o mundo esperasse.
Brianna acordou com a dor.
Não era como nas histórias antigas, onde as contrações vinham em ondas suportáveis e espaçadas. A dela era uma chamada profunda, um chamado antigo que vinha do âmago da terra e que reverberava em seu ventre. A runa sob sua pele brilhava em dourado vivo, pulsando como um coração à parte.
Ela gritou.
Peter foi o primeiro a sentir. Do lado de fora, onde treinava com Thanar, caiu de joelhos, as mãos pressionando o peito. Klaus, dentro da torre, derrubou o livro que lia ao sentir o ar rarefeito, como se alguém tivesse sugado o oxigênio do cômodo. A luz tremeluziu. A torre inteira pareceu inclinar-se por um instante, como se se curvasse