A floresta além dos limites de Raventon não estava nos mapas.
Não porque fosse inalcançável — mas porque recusava-se a ser lembrada.
Era chamada de A Terra Que Não Sonha. Um lugar onde as árvores murmuravam em línguas antigas e os rios corriam para trás. Um terreno sagrado para os ancestrais, e amaldiçoado para qualquer um que ousasse quebrar seus ciclos.
Era ali que Brianna caminhava agora.
Seus pés tocavam o solo úmido como se ouvissem uma melodia ancestral. A cada passo, runas ocultas se acendiam sob as folhas. O selo dentro de seu corpo reagia, pulsando levemente em sua pele, como se a floresta a reconhecesse. Ou a temesse.
Ela já não sabia há quantos dias estava ali.
O tempo se quebrava naquele lugar — o sol nascia três vezes por dia e às vezes desaparecia por semanas em um só piscar. Mas Brianna não precisava de tempo. Precisava de respostas.
E elas vieram… em forma de vozes.
— Você tocou a essência do esquecido...
— Acordou o que não devia...
— Mas ele também te viu. E se curvo