O tempo em Raventon parecia ter desacelerado desde a partida de Brianna. Dias cinzentos, noites silenciosas. Como se o próprio vilarejo estivesse prendendo a respiração, esperando o momento de respirar novamente.
Klaus caminhava pelas ruínas do antigo templo, onde algumas vigas haviam resistido ao caos da batalha. Ele ajudava a erguer paredes, reconstruir o solo encantado, mas sua mente vagava. Cada pedra levantada parecia mais pesada do que a anterior. E não era cansaço físico — era a ausência dela.
Peter estava na floresta, como sempre. Ajudava os moradores a encontrar sobreviventes, buscava ervas de cura, mantinha a segurança com seus sentidos de lobo. Mas, nos momentos em que acreditava estar sozinho, voltava ao mesmo ponto: o círculo queimado onde Brianna fora selada — e selara algo dentro de si. Ali, ele apenas se sentava. E sentia.
Certa tarde, o acaso os reuniu.
Klaus voltava da estalagem, com uma garrafa de sangue conservado nas mãos. Peter surgia da trilha, o peito nu marcad