O sol não nasceu para Brianna naquela manhã.
A penumbra do quarto ainda dominava o espaço, como se o tempo houvesse parado logo após a última respiração ofegante da noite anterior. Ela despertou lentamente, envolta em lençóis amassados, o corpo ainda quente do toque de Klaus. Cada centímetro da pele parecia carregar a memória do desejo contido — do quase — do instante suspenso entre rendição e medo.
A lareira havia se apagado, mas o calor persistia, como se as chamas estivessem gravadas sob sua epiderme. Ela não sabia exatamente quando havia adormecido, mas recordava o olhar dele. A forma como os dedos traçaram o contorno de sua clavícula. A respiração pesada dele contra seu pescoço. E o momento exato em que ambos pararam, por orgulho, ou por medo do que viriam a ser se passassem daquele ponto.
Klaus estava ali, sentado ao pé da cama, com o olhar distante, fixo nas brasas mortas. Segurava um cálice escuro entre os dedos pálidos — sangue, ela soube antes mesmo de sentir o cheiro metáli