A última coisa que Analu imaginava ao levantar da cama naquela manhã, era que trombar um garoto no corredor da escola, mudaria total e completamente sua vida... Um novo mundo surge em seu horizonte, e os caminhos a seguir a levam cada vez mais perto da verdade. Até que ponto uma mentira pode levar você para a verdade?
Ler maisMeu nome é Analu winster, moro em Londres com minha mãe, e as vezes em Brighton com meu pai, alias, esse é um fato sobre mim que você precisa saber, meus pais se divorciaram a um ano e meio, mas não puderam decidir quem ficaria comigo, então fico sendo jogada de um lado pro outro como uma bola de tênis.
Acordei as sete e meia de uma quarta feira e eu tinha que ir para a escola, me arrumei o mais rápido possível, fiz um rabo de cavalo baixo de lado, por que meus cabelos enrolados que resistiam até a mais poderosa das chapinhas não colaborava com atrasos. Fui até a cozinha e depois de preparar rapidamente um cereal me sentei no sofá.
Alguns minutos depois a campainha tocou. Era Lucy, minha melhor amiga com a utilidade alternativa de carona para a escola.-Pronta? – Ela disse assim que abri a porta.
- Atrasada... Só preciso da minha mochila, um segundo.
Foi o tempo de subir até meu quarto, guardar os livros na mochila e descer, para o celular começar a vibrar. Era minha mãe.
- Oi amor, você já esta indo pra escola?
- sim, por quê? Precisa de alguma coisa?- perguntei.- O que?- Lucy disse me cutucando.- Não, é que irei trabalhar até mais tarde hoje, e se quiser, quando sair da escola ficar por aqui comigo...- de novo?- Perguntei.- Atrasadas!!- Lucy insistiu.- É filha, sinto muito...- Sem problemas, - falei e dei um breve sorriso- Eu espero por você em casa, não se preocupe.- tem certeza filha? - Pode ficar tranqüila, estarei esperando por você.Sem dizer mais nada desliguei, Lucy me olhava com a sobrancelha arqueada.
- Estou cansada de me atrasar por sua causa, vou começar a cobrar multas diárias por minuto de atraso.Passei meus braços nos ombros dela e fomos para o carro sorrindo.
- Sua mãe vai trabalhar até mais tarde hoje de novo não é? – Ela perguntou – Quer que eu venha para cá?
De fato ficar com Lucy era cem vezes melhor do que ficar sozinha, estava prestes a concordar quando ela bateu a mão na própria testa.
- Tinha me esquecido, tenho que ir a noite de estréia do livro do meu pai... Podemos ir juntas, o que acha? – Ela me cutucou de leve com o cotovelo e deu uma piscadela.
Sair para um evento no meio da semana era muito mais do que eu poderia cobrar do meu pobre ser anti-social que existia dentro de mim.
- Eu passo... Mas obrigada amiga.
* * *
Dez minutos depois já estávamos na escola, Lucy correu para o banheiro assim que pisamos no pátio me deixando sozinha no longo caminho até meu armário. O objetivo era pegar os materiais de que precisaria para a aula, o corredor já estava vazio então respirei aliviada, o excesso de pessoas naqueles corredores me davam nos nervos diariamente, mas hoje só haviam alguns poucos alunos pegando depressa seus livros e correndo para suas respectivas salas. Chequei meu calendário de aulas e um calafrio percorreu meu corpo ao me lembrar de que a primeira aula seria de Matemática, e eu já estava sob o aviso de não poder assistir a aula se me atrasasse novamente, eu era incapaz de imaginar um terror maior do que ouvir um sermão na frente da turma toda e ser impedida de assistir a aula.
Eu nunca fui o tipo atleta, ou o tipo de pessoa desastrada que está sempre quebrando coisas e caindo no chão. No entanto, naquele dia foi diferente.
Corri pelo corredor sem perceber que um rapaz estava parado de costas para mim digitando algo em seu celular. Trombar com ele foi como dar de cara com uma rocha.
Meus livros se espalharam no chão, ele sorriu e me analisou por um momento, o preto profundo de seus olhos fizeram com que eu prendesse a respiração, eu nunca tinha visto olhos como os dele, e acho que ele percebeu minha perplexidade e se deu conta de que eu não iria fazer nada além de ficar ali encarando-o estarrecida, porque ele se abaixou e começou a pegar meu livros, depois de alguns segundos me abaixei também para ajudar.
- E é por isso que tem uns mil cartazes espalhados pela escola dizendo que é proibido correr nos corredores. – Ele disse concentrado em colocar uma pilha de papeis de volta no interior de um dos livros.- Eu acabei me atrasando... – murmurei meus olhos castanho claro não eram páreo para aqueles olhos negros.- E acabou me atrasando.Seu rosto estava sério, ele não via que havia sido um acidente? Minhas bochechas coraram.
- você não devia estar plantado no meio do corredor, em primeiro lugar.
- Não era eu correndo pela escola. – Ele disse e então esticou o braço na sua frente para me entregar os livros – De nada.Pensei em pegar os livros com força para mostrar que estava brava, mas ele havia os recolhido para mim, eu devia a ele um obrigado...
- Obrigada.
Nos encaramos por alguns segundos, ele parecia ponderar sobre alguma coisa...- Analu não é?- ele perguntou.Assenti, não conseguia desviar os olhos dos dele por mais que quisesse.- então essa é você. - ele disse baixinho, mais para ele mesmo do que para mim.- Não entendi, como assim essa sou eu? – dessa vez falei irritada- está dizendo que essa sou eu? A garota desajeitada que tromba em pessoas o tempo todo?! Foi você quem entrou na minha fren...Ele, literalmente, tapou a minha boca com a mão.
- Você não esta atrasada?- ele checou as horas no celular.Abri a boca para discutir, mas eu de fato estava extremamente atrasada, então apenas me virei e fui para a sala.Ele fez um aceno rápido e sorriu, depois virou para o lado oposto e foi para não sei onde.A aula demorou uma eternidade, principalmente porque aqueles olhos escuros e aquele sorriso não saiam da minha cabeça, não de uma maneira romântica, eu certamente não me apaixonaria por alguém como ele, mas havia uma sensação estranha em mim... E essa sensação exalava dele. Me forcei a me concentrar na aula, haviam coisas mais importantes do que pensar num garoto mal educado. Disse para mim mesma que esqueceria aquilo, e se o visse novamente, fingiria que não o conhecia, porque de fato não conhecia. Ao me dar conta disso, passei as próximas aulas me questionando sobre qual o nome dele, quem era ele.Em primeiro lugar quero agradecer a vocês que leram e me mostraram que um sonho pode sim se realizar.Também queria agradecer a minha mãe, minha leitora numero um e a grande inspiração de minha vida! Também ao meu pai e irmãs, que sempre me apoiaram e ficaram felizes junto comigo.E por ultimo, mas não menos importante, quero agradecer principalmente a minha amiga Mariana Correia, que está tão longe e ao mesmo tempo tão perto de meu coração... Minha leitora e minha principal fonte de idéias, obrigado por tornar isto possível...Obrigado mesmo, espero de coração que tenham gostado!E se gostaram, espero que leiam a continuação, " Anjos na escuridão " que já esta publicado, espero que gostem...Novamente obrigado, isso significa muito para mim!&n
Abri os olhos totalmente alerta, mas assim que me vi no quarto de Daniel me acalmei. Ele estava deitado ao meu lado. Dormindo. Passei meu braço por cima dele, o que o fez acordar de sobressalto.- Anjo... - ele disse despertando do sono - você está bem?- Estou, eu acho...E então todas as lembranças vieram de uma só vez, Mary, a facada, a transformação de Daniel...- Como... Como eu não morri? – perguntei.Ele ainda me olhava, um expressão fria tomou conta de seu rosto, meu coração acelerou.- Daniel, diga-me o que aconteceu...- Eu achei que a tivesse perdido para sempre, - disse por fim – Achei que nunca mais voltaria a ver esses olhos castanhos olharem para mim outra vez.Dizendo isso ele se aproximou para um abraço, e me puxou junto ao seu peito.- Mary tentou impedir... – senti meu sa
DANIELProcurar por Analu em todos os lugares do parque me causaram dores em lugares que eu sequer imaginava ser possivel. Onde ela estava? Podia sentir o suor que começava a cobrir a minha pele me avisando de que algo ruim estava por vir, e quando me avisaram de que ela havia saído com Mary, tive certeza disso.- Mary disse que queria conversar com ela... - Disse Mariana, os olhos assustados como se sentisse culpa pelo acontecido - Eu devia tê-las vigiado.- Ela não seria capaz de nada grave, - disse John, mas sua voz mostrava que ele também duvidava disso. Corri para a praia onde Mariana disse que estariam, corria pela areia sem me importar com o peso dela sob me
Faltava apenas um dia para a lua de sangue, algo dentro de mim desmoronava sempre que eu pensava nisso, eu não sabia o por que. Fitei o espelho á minha frente, o cabelo com bastante creme realçava o meu rosto, deixando-me com olhos enormes.Hoje era o dia em que eu assistiria Daniel se tornando o que sempre sonhou, e eu estava feliz por ele, tudo seria mais fácil e melhor agora, embora eu acreditasse que aquilo não passava de um titulo. Coloquei meu vestido verde de flores e sapatilhas, queria estar bonita, não para a ocasião, e sim para Daniel, sempre para Daniel.Fui de carona com Megan, durante o caminho ela me explicou como funcionaria, e explicou que Daniel podia não se tornar um anjo, que tinha o risco de não haver o perdão desejado.- Então talvez ele não se torne um anjo? - perguntei já preocupada.- vai depender... ele entende as regras, se est&
Assim que passei pela porta da sala da casa de Megan, tudo se tornou suportável por um momento, principalmente quando mamãe me pôs entre seus braços e me apertou... Eu sentia suas lagrimas escorrendo em meus ombros nus e com isso, chorei também.- O que aconteceu? - ela disse gaguejando - eu os vi levando você! os vi colocarem você no porta malas...Fitei seus olhos alguns segundos, o alivio era evidente.- O que fizeram? eles a machucaram? - perguntou.- Não mãe... ta tudo bem! - sorri - Eu te amo...- Eu te amo... - ela respondeu e deu vários beijos por todo o meu rosto - Eu amo, amo ,amo...- Eu sinto muito, - falei - desculpa mãe...- O que foi meu anjo? não foi sua culpa... eu deveria ter sido mais rápida, não deixar que a levassem!Me sentei no sofá, Edwart entrou na sala lentamente, era obvio que ele es
É claro que certas coisas nos marcam mais do que outras, é claro que estávamos em uma situação perigosa e pensar em ciúmes era irracional, eu sabia disso, mas ainda assim não fui capaz de reagir tranquilamente quando Iris surgiu a minha frente com um sorriso debochado e roupas perfeitamente colados em seu corpo perfeito.- A saída é pra lá - ela apontou para uma porta à nossa direita – Segure ela bem firme Daniel, ou daqui a pouco ela vai correndo para os inimigos novamente.- O que ela está fazendo aqui? - perguntei sentindo meu rosto se aquecer.- Precisávamos de toda ajuda possível... - disse Daniel de forma direta, e me puxou porta adentro.- Vão precisar mesmo - Will disse bloqueando nossa passagem com, pelo que pude contar, dez homens.Todos nós paramos, Mary, Felipe, John, Daniel, Iris e eu.- Vocês s
Último capítulo