Brianna não voltou para a vila naquela noite. Depois da tensão na floresta, Peter havia partido sem dizer palavra, ferido mais pelo olhar dela do que pela presença de Klaus. E Klaus… Klaus simplesmente desapareceu como fazia sempre — como se fosse feito de névoa.
Ela estava sozinha na cabana que usava como refúgio desde que Raventon começou a desmoronar. O fogo na lareira crepitava, lançando sombras vermelhas nas paredes de madeira. Mas o calor que lhe subia ao corpo não vinha das chamas.
Ela se lembrava do beijo.
Da boca de Peter com gosto de selvageria.
Dos olhos de Klaus, famintos, sempre prontos para sugar tudo dela — corpo, alma, poder.
O coração de Brianna estava dividido. Não por indecisão, mas porque sentia que pertencia aos dois de formas distintas. Peter era fogo e floresta. Klaus, sombra e sedução.
Um leve toque na porta tirou-a de seus pensamentos. Ela soube, antes mesmo de se mover, quem era.
Abriu devagar. Klaus estava ali, molhado pela névoa da noite, a camisa preta abe