Sempre é jogada

Joana saiu da festa descontrolada, os saltos batendo no chão como marteladas. Os olhos vermelhos, a maquiagem borrada pelo calor da raiva.

— “Ela vai me pagar! Vai me pagar caro por me bater! Aquela… aquela vagabunda vai se arrepender do dia em que nasceu!” — vociferava, com a voz embargada de ódio, enquanto Emilio tentava alcançá-la.

— “Chega, Joana! Chega!” — disse Emilio firme, puxando-a pelo braço antes que ela saísse gritando mais alto para todo o condomínio ouvir. — **“Você perdeu completamente a noção! Eu te avisei para não vir! Avistei!”

— “E deixar aquela mulher zombar da nossa família, do nosso nome? Eu sou a avó daquele menino, Emilio! A avó!”

— “Você não foi convidada.” — disse ele, firme. — “E mesmo assim veio aqui causar uma cena, como uma adolescente histérica. Quem perdeu o controle foi você. E agora, quem sai humilhada... também é você.”

Joana o empurrou com força, mas Emilio segurou firme nos ombros dela.

— “Você tem que aprender, Joana. Você não é dona do mundo. Nem
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