A noite havia chegado ao fim. As luzes da festa ainda piscavam fraquinhas no jardim, como vaga-lumes de memórias felizes. Os balões já murchavam, os doces estavam pela metade nas mesas e os últimos convidados tinham partido. Rebeca estava deitada no sofá com José Ricardo ao lado, enquanto dentro da casa, um silêncio acolhedor tomava conta dos cômodos.

Matheus dormia em sua cama, vestido ainda com a roupa de festa e o rostinho sujo de bolo e chocolate. Parecia um anjinho cansado de tanto brincar e rir. Santiago ajeitou o cobertor sobre ele, deu-lhe um beijo suave na testa e sussurrou:

— "Parabéns, campeão. Você fez a alegria de todos hoje."

Na sala, Rafaella estava descalça, sentada na escada, os olhos fechados, descansando por um instante. Santiago se aproximou e, com um sorriso carinhoso, passou os braços ao redor dela, levantando-a do chão como uma pluma.

— "Meu Deus, você ainda tem forças?" — ela riu, aninhando-se em seu peito.

— "Por você, amor, sempre." — respondeu ele, com aquel