Na beira do riacho...
Bruno não fez o que todos esperavam. Nem mesmo ele. Com os olhos fixos no rosto pálido e desesperado de Rafaella, desceu do cavalo num salto, ignorando os gritos de Rebeca que se colocou na frente.
— SAI DA FRENTE! — esbravejou, empurrando Rebeca, que caiu na lama.
Ele se agachou, passou os braços firmes por baixo do corpo frágil de Rafaella e a ergueu no colo, apertando-a contra o peito, com uma força que não sabia se era de raiva, de posse... ou de puro pânico.
— Achou mesmo que ia fugir de mim, Rafaella? Que ia me esconder o que é meu? O MEU FILHO?!
Rafaella soluçava, fraca, com o corpo tomado pelas dores lancinantes. Não sabia mais se chorava de medo, de dor ou de desespero. Talvez de tudo ao mesmo tempo. Sentia-se prisioneira, sufocada, cercada. Era como viver um pesadelo acordada.
Mas então... algo que ela jamais esperaria aconteceu.
Bruno apertou-a ainda mais forte contra o peito, olhando o sangue escorrendo pelas pernas dela, respingando na própria roupa, sujando os braços.
O