Bruno arremessou o copo contra a parede. Os cacos de cristal explodiram, caindo no chão como os restos do orgulho ferido que carregava.
— “Viu como ela falou comigo, José? Como se eu fosse lixo?” — esbravejou, o rosto vermelho de raiva.
José Ricardo, o irmão mais novo, cruzou os braços, recostado na moldura da porta, com seu terno impecável e olhar gélido. Calmamente, perguntou:
— “Ela quem, Bruno?”
— “Rafaella, porra! Quem mais? Ela acha que pode me tirar o meu filho e ainda dormir com outro homem como se estivesse num conto de fadas!” — gritou, caminhando em círculos feito um leão enjaulado.
José arqueou uma sobrancelha, entediado.
— “Você fez a mesma coisa.”
Bruno parou, o peito arfando.
— “Como é que é?”
José o encarou nos olhos, desta vez com um tom de desprezo e sarcasmo:
— “A diferença, irmão, é que quando você era casado com a Rafaella, você tinha suas ‘diversões’ com a Isadora no quarto ao lado. Já parou pra pensar… se ela escutou?”
Bruno empalideceu.
— “Do que você tá faland