Bruno estacionou seu carro a alguns metros da casa de Rafaella. Observava em silêncio, com o sangue fervendo, mas os olhos atentos.
Foi então que uma caminhonete branca dobrou a esquina e parou em frente à casa. Bruno reconheceu o veículo imediatamente. Santiago.
Antes mesmo que a porta do carro abrisse, Matheus saiu correndo pelo quintal, pulando os degraus da varanda com os braços abertos.
— “Papai! Papaaaai! Você chegou!” — a voz infantil de Matheus ecoou pelo condomínio, alta, feliz, inconfundível.
Bruno congelou no lugar. O som pareceu atravessar sua pele. Ele apertou o volante com força. O coração, por um momento, se confundiu com a raiva, mas era outra coisa: dor.
Do carro, Santiago desceu sorrindo, abriu os braços e recebeu o menino no colo com carinho.
— “Eu também estava com saudade, campeão…” — disse Santiago, abraçando Matheus forte, como se aquele pequeno fosse o próprio coração dele.
Bruno observava tudo de dentro do carro, engolindo em seco. O menino chamando outro home