Bruno desceu as escadas da casa de Rafaella com um sorriso disfarçado no rosto. O envelope entregue era mais do que um auxílio — era um passe de entrada na confiança dela. Ele sabia que Rafaella estava fragilizada, pressionada, afastada da delegacia e sem Santiago por perto. Era o momento perfeito para se aproximar, tornar-se necessário, tornar-se presente... e, aos poucos, dominar o espaço que Santiago havia deixado.
— "Ela vai confiar em mim... vai depender de mim. E quando perceber, será tarde demais para escapar." — murmurou, entrando no carro esportivo enquanto enviava uma mensagem cifrada para seu advogado:
“Etapa 1 concluída. A base emocional dela está instável. Prepare o próximo dossiê.”
Enquanto isso, a milhares de quilômetros, na província de Córdoba, na Fazenda Los Hermanos, Santiago estava em pé diante da lareira, com as mãos nos bolsos e os olhos escuros refletindo as chamas. A sala estava cheia: tios, primos, seu avô – Dom Ramón Andrade, o patriarca da família – e claro,