Rafaella estava diante da janela, olhando o céu escuro da fazenda, sentindo o peso da verdade em seu peito. A conversa da manhã ainda ecoava em sua mente. Atrás dela, Santiago entrou devagar, fechando a porta com cuidado. O silêncio entre eles era espesso, quase sufocante.
Ele se aproximou.
— Rafaella... me desculpa. Eu fui fraco. Não vou justificar o que aconteceu na Argentina, mas... foi antes de você voltar. Desde que você voltou, tudo mudou em mim. Eu jurei ser o homem que você merece.
Ela continuava de costas. Suas mãos tremiam levemente.
— Eu também tenho algo pra te dizer, Santiago... — sua voz saiu firme, mas embargada.
Ele parou, atento.
— Antes de você voltar da Argentina... quando eu ainda estava com a minha vida virada do avesso por causa da acusação, da pressão... eu...
Ela se virou, os olhos brilhando de lágrimas.
— Eu estive com o Bruno. A gente dormiu junto.
Santiago ficou em silêncio. A confissão pesou no ar como um soco no estômago. O peito dele subia e descia, tenta