Santiago ainda estava dentro do carro, apoiado no volante, os pensamentos mergulhados em culpa e frustração. Antonella, sentada atrás, aproveitou o momento para se inclinar para frente, com a voz baixa, porém carregada de insinuação:
— Santiago... — ela murmurou, com um sorrisinho nos lábios — não me diga que esqueceu como você me puxava na cama... como seus olhos me procuravam no escuro. Você parecia adorar...
Ele fechou os olhos, respirando fundo, lutando com a raiva e o arrependimento. Mas antes que pudesse responder, a porta do carro se abriu.
— Vamos, quero ver outra escola — disse Rafaella, voltando com o rosto sereno, mas o tom decidido.
Ela não percebera o clima no carro, nem o olhar vitorioso de Antonella, que imediatamente se recostou como se nada tivesse acontecido. Santiago se recompôs, tentando esconder a tensão que agora lhe queimava por dentro.
— Certo, amor. Vamos sim — respondeu ele, forçando um tom normal.
Rafaella ajeitou o cinto, olhando brevemente para Santiago. H