O quarto estava mergulhado numa penumbra suave, iluminado apenas pela luz âmida que escapava pelas frestas das cortinas. Santiago tinha preparado o banho com cuidado, e agora, debruçado sobre a banheira, passava com delicadeza uma toalha morna pelos ombros molhados de Rafaella.
Ela estava de costas, com os olhos fechados, sentindo o carinho das mãos do homem que ela amava. Santiago então deslizou as mãos pelo ventre dela, parando ali com reverência. Encostou os lábios suavemente na pele quente e úmida.
— Aqui… — sussurrou com voz rouca e emocionada. — Aqui está crescendo uma sementinha Andrade. A nossa sementinha...
Ele beijou o ventre com um carinho tão profundo que fez Rafaella suspirar. Um sorriso doce e ao mesmo tempo carregado de desejo nasceu em seus lábios quando ela virou-se de frente para ele, puxando-o suavemente para mais perto.
— Amor… — murmurou, encarando os olhos castanhos dele — não vamos contar a ninguém ainda. Quero ter certeza. Amanhã vou ao médico… só depois disso,