O silêncio dentro do elevador era outro — mais íntimo, mais carregado. Bruno soltou o ar devagar.
— “Desculpa por isso. Eu devia ter previsto.”
Rafaella o olhou com frieza.
— “Você sabia exatamente com quem estava lidando, Bruno. E mesmo assim deixou ela entrar na sua cama.”
Bruno se virou para ela, o rosto próximo, e disse baixinho:
— “E ainda assim… é com você que eu me importo.”
O elevador apitou ao chegar na cobertura. Rafaella desviou o olhar, tentando não se deixar afetar. Mas o coração, traidor, já batia mais rápido.
Eles saíram e caminharam até a ampla sala da cobertura. Bruno indicou o sofá e foi buscar os documentos sobre a acusação.
Mas ambos sabiam... a tensão entre eles não era só jurídica. Estava nos olhares, nos gestos, nas palavras engolidas.
Rafaella só precisava lembrar de quem Bruno foi… e decidir quem ele era agora.
A sala estava silenciosa, apenas o som do ar-condicionado quebrava o clima de tensão suspensa no ar. Bruno espalhou os documentos sobre a mesa de centr