O sol mal começava a iluminar os vidros da ampla sala de jantar quando Rafaella desceu as escadas com os pés descalços e o celular em mãos. Usava uma camisa leve de linho branco e os olhos denunciavam uma noite mal dormida.

— “Beca...” — chamou, ainda sem levantar os olhos do visor do celular — “Nada do Santiago ainda.”

Rebeca estava à mesa, tomando café e folheando alguns documentos. Levantou os olhos e notou o semblante preocupado da irmã.

— “Rafa, ele deve estar atolado de problemas. A situação lá na Argentina não está fácil. Você mesma disse.”

Rafaella parou ao lado da cadeira, encarando o celular como se esperasse que ele vibrasse naquele instante.

— “Mas já são dez dias... e desde o atentado de ontem, nada. Nem uma ligação, uma mensagem. Ele nunca fica tanto tempo assim sem dar um sinal.”

Rebeca apoiou a xícara no pires, tentando manter a calma.

— “Você sabe como essas famílias funcionam. Santiago está enfrentando uma guerra lá... e você aqui. Dois campos de batalha. Mas vocês s