A mansão estava silenciosa como se aguardasse algo — ou alguém. Narelle subia lentamente a escadaria do jardim, descalça, o vestido leve ainda com resquícios da noite anterior. A festa tinha deixado um rastro invisível no ar, uma tensão que os sorrisos não conseguiram dissipar. As lobas haviam ido embora em pares, algumas sozinhas, outras acompanhadas... Kael, seu novo e inusitado aliado, partira cedo para resolver pendências no Conselho.
Ela se preparava para um banho quando o som grave de um motor se aproximou do portão da frente.
Desceu os degraus do hall como uma sombra felina, aproximando-se da entrada. O portão eletrônico ainda estava fechado, mas ela o viu ali, parado dentro do carro preto fosco. Os faróis se apagaram lentamente. O vidro baixou. E lá estava ele.
Rhaek.
Narelle parou. O coração disparou sem sua permissão. Ele estava... diferente, despojado do executivo numa camisa branca aberta até o meio do peito, barba levemente aparada. Havia nele uma calma que a perturbou ma