A mansão na encosta parecia viva, pulsando ao ritmo das batidas graves que tremiam o chão. Lobos de todos os cantos da cidade chegavam em carros de luxo, envoltos em vestidos justos, camisas abertas, olhos predadores. A festa de Rhaek não era uma simples celebração — era um ritual de domínio.
Narelle hesitou nos degraus de entrada. O convite chegara em uma caixa preta, com seu nome gravado a ouro. Não havia sido um pedido. Era uma convocação.
— Pensei que você tivesse bom senso — murmurou Kael em seu ouvido, ainda no carro. — Isso aqui não é para você, Narelle. Não mais.
Ela ignorou. Precisava ver com os próprios olhos o quanto Rhaek afundaria por sua causa.
A sala principal era uma visão de decadência e poder. Almofadas espalhadas, corpos já semi-despidos se tocando, ômegas oferecidas como troféus, lambendo as botas de alphas que fumavam charutos e brindavam com sangue de caça. O calor era animal, o cheiro de sexo misturado a feromônios quase entorpecente.
Rhaek surgiu no alto da esc