O território dos Vorns respirava em paz pela primeira vez em semanas.
A ausência de Kael não havia sido apenas uma vitória militar, mas uma declaração pública: Luxor estava no controle absoluto.
Outros clãs, inclusive os mais antigos, olhavam para ele com respeito calculado — alguns como aliado indispensável, outros como obstáculo que não se poderia derrubar.
Rhaek caminhava com o peito erguido, orgulhoso de ter ajudado a conduzir o cerco. Narelle partilhava do mesmo sentimento, embora sua satisfação fosse mais silenciosa.
Em casa, Tiza cumpria seu papel de Luna com firmeza e serenidade. Era vista como exemplo pelas ômegas — não apenas pela postura elegante, mas pela forma como sustentava a casa e a alcateia com mãos firmes e coração blindado. O passado sombrio dela havia se tornado apenas história sussurrada, sem mais poder de feri-la.
Mas nem todos celebravam.
Entre os becos e salões discretos da cidade, uma sombra se movia com um gosto amargo na boca.
Callista.
Ex-Luna de Rhaek. Mu