O local combinado com Kael não era o de sempre.
Era um terraço antigo, fora dos circuitos principais, onde os sensores de presença falhavam e o silêncio fazia as paredes parecerem cúmplices.
Narelle chegou tarde de propósito.
Ele já estava lá, claro. De pé junto à borda, os olhos lançados sobre a cidade que dormia. Mas havia algo diferente. Nenhuma tentativa de dominação no ar. Nenhuma armadilha aparente.
Kael se virou ao som dos saltos dela.
“Não achei que viria.”
“Não achei que você me daria escolha.”
Ele não sorriu dessa vez. Apenas retirou do bolso um pequeno dispositivo de projeção. Quando ativado, imagens holográficas surgiram entre eles: trechos de mensagens, registros antigos, reuniões secretas... e um nome aparecendo com frequência incômoda: o dela.
“Você foi vigiada desde antes de chegar à empresa. Não por mim. Por eles.”
Ela não piscou. Mas o sangue pareceu parar.
“O que quer dizer com ‘eles’?”
“O clã. A cúpula superior. Você foi escolhida, Narelle. Só que não do jeito que