O lugar escolhido por Narelle não estava nos mapas corporativos. Um mirante abandonado nos limites da cidade, onde o concreto se confundia com as ruínas de um tempo em que liberdade ainda era uma palavra viva.
Ela chegou antes dele, pela primeira vez. Sentia que precisava desse domínio — pelo menos no início. Quando Rhaek apareceu, sem uniforme, sem os traços de comando, algo nela se remexeu.
Ainda era o mesmo homem que a marcara antes de ela saber o que significava pertencer. Mas agora... ela era algo que ele não dominava mais.
“Escolheu bem o lugar.” — ele disse, parando a poucos passos.
“Tem a vista certa para verdades incômodas.” — respondeu, sem suavidade.
Rhaek respirou fundo, mas não rebateu. Apenas se aproximou do parapeito.
“Por que me chamou?”
Narelle demorou. A pergunta não era simples. Nem a resposta.
“Quero entender o que realmente aconteceu entre nós... antes da empresa, antes de Kael, antes dessa guerra sem nome.”
Ele a olhou de lado. A tensão entre eles não era s