RENZO ALTIERI

Trinta minutos. Esse foi o tempo que levou pra ela descer depois de colocar Dante pra dormir. Trinta longos minutos em que minha cabeça martelava o som da voz dela, o cheiro, a porra da imagem dela sorrindo pra mim no jantar. E quando Bianca finalmente apareceu no alto da escada, vestindo aquele maldito vestido azul claro que marcava a cintura fina e deixava os cabelos soltos sobre os ombros... Porra, eu era fudidamente ferrado por ela.

Ela sorriu. Porra, aquele sorriso era só meu.

— Vamos? — ela perguntou, e eu nem respondi. Só estendi a mão e ela veio. Como sempre vinha.

Minha mão segurou a dela, sem luvas, naquela noite ela era tudo que importava. Caminhamos pela mansão silenciosa, cruzando o saguão até a porta principal. Eu abri. O vento frio da noite tocou meu rosto desfigurado. Não me importava. Porque ela olhava pra mim como se eu fosse o homem mais bonito do mundo.

Caminhamos até o jardim. Os seguranças se afastaram ao meu sinal. Eu a conduzi até o por