No Nome da Verdade
A aurora que desponta sobre São Paulo traz consigo um rumor diferente:
Não mais o sussurro do pânico da véspera, mas o burburinho determinado de gente que decidiu lutar.
Os portões da Fundação Vasconcellos abrem-se cedo, e voluntários chegam carregando garrafas de água, caixas de mantimentos e cartazes onde se lê:
“A saúde é de todos”
e
“A verdade não explode”.
Na sala de crise, Caleb encara um telão que exibe linhas de código congeladas, última lembrança do dispositivo que quase reduziu o subsolo a cinzas.
Bianca, com o rosto marcado por olheiras, aponta para um diagrama com setas vermelhas.
“Temos a trilha do executor”. Diz.
O trajeto do sabotador termina num carro alugado que atravessou a fronteira às três da manhã, rumo ao Uruguai.
A Interpol já foi notificada.
Helena cruza os braços, revisando registros de acesso.
—As credenciais usadas pertenciam a um técnico demitido há cinco anos. Observa.
—Rubén recicla fantasmas. Caleb respira fundo:
Por trás