O corredor parecia mais estreito cada vez que Eloise respirava. Encostada na parede fria, ela escutava os passos de Jonas se aproximando, o rangido compassado das tábuas da escada se transformando no anúncio da sua sentença.
Quando ele finalmente surgiu à porta, Eloise sentiu o estômago despencar. Jonas não era um sequestrador qualquer. O que tornava tudo infinitamente pior. Ele parecia muito mais assustador com aqueles olhos brilhando de uma devoção insana, como se realmente acreditasse que tudo aquilo fazia sentido.
— Eu sabia que ia acabar encontrando este quarto — disse ele, quase orgulhoso. — Você sempre foi curiosa.
Eloise engoliu o nó na garganta, tentando não demonstrar o pânico que lhe corria pelas veias.
— O que é isso? — perguntou, apontando para a mesa com fotos, recortes e mapas.
Jonas fechou a porta atrás de si com lentidão. Depois avançou, cada passo firme como se estivesse em pleno direito.
— O que mais poderia ser? — murmurou, pegando uma das fotos dela em um evento.