A manhã estava pesada em Vancouver, com nuvens cinzentas cobrindo o céu e uma garoa fina que parecia insistir em cair mesmo quando ninguém esperava. Eloise acordou cedo, mas o sono não lhe dera descanso. O celular vibrou com a notificação de uma mensagem de um número oficial avisando que Jonas havia sido solto.
Ela leu e releu aquelas palavras, com as mãos tremendo. Apesar da ordem de restrição, sentiu como se as paredes ao redor estivessem encolhendo.
— Ele vai voltar... — murmurou para si mesma, o coração acelerado.
Tentou acalmar-se. Tomou café, revisou falas, ensaiou mentalmente. Mas a inquietação não a largava.
Depois de se preparar seguiu para o estúdio, as gravações começaram de fato naquela manhã. As câmeras ligadas, a equipe animada, diretores dando instruções. Eloise vestiu o figurino e se concentrou na cena, mergulhando na personagem como sempre fazia. Era seu porto seguro.
Interpretar era como colocar uma máscara protetora e enquanto atuava, Jonas não existia, nem o medo,