Adan
— Miguel. Estou certo? — perguntei.
— No fundo, acho que sabia que eu viria, não é?
— Você tem uma figura mais apresentável do que eu esperava.
Gargalhou. Os seus homens riram junto dele.
— Sempre surpreendo as pessoas, eu sei.
— Você não veio aqui para ouvir elogios de mim.
— Não. Eu vim aqui para ouvir um muito obrigado de você.
Olhei-o confuso.
— Ora, eu limpei a sua barra e te devolvi o seu réu primário, senhor presidente. Você matou um homem.
Contraí a minha mandíbula enquanto as minhas mãos suaram frio. As minhas costas doeram. A inquietação cresceu dentro de mim.
— Eu paguei caro para que um pobre coitado ferrado assuma a sua culpa. Ele viu o que o senhor fez.
— Merda! — murmurei.
— Aquele medíocre me devia muito dinheiro. E o senhor enfiou uma bala no crânio dele.
Encostou o seu dedo na minha testa enquanto o meu corpo tremia.
— Bom, sendo assim, agora quem me deve é você. Mas eu não quero o seu dinheiro, não. Eu quero um favor que logo mais precisarei e o senhor é o únic