O grito de Mariana ecoou pelos corredores como uma sirene. Em segundos, a mansão Monteiro se transformou em um campo de pânico. Criados corriam, dona Carolina tentava estancar o sangue de Vicente com um lenço, e Aurélio dava ordens trêmulas ao motorista.
— Rápido! O carro! — bradou ele, a voz embargada. — Levem-no ao hospital!
Mariana, aos prantos, segurava o rosto do filho. — Fica comigo, meu amor… fica comigo, por favor!
Alexia, de pé, ainda com as mãos sujas de vermelho, olhava tudo sem conseguir respirar.
— Eu não queria… — murmurava, repetindo como um mantra. — Eu não queria…
Dona Carolina chorava em silêncio, pressionando o ferimento. — Ele precisa de um médico, senhora… por favor, chame logo uma ambulância!
Aurélio, já ao telefone, falava com voz firme. — Sim, emergência. Ferimento abdominal grave. Mansão Monteiro. Enviem uma ambulância imediatamente!
Mas Mariana se ergueu de repente, virando-se para Alexia como uma fera ferida. — Você quis matá-lo! — gritou, o rosto deformado