Bastou a ideia de Mariana estar ali para meu bom humor ir embora quase que instantaneamente.
Embora não houvesse nenhum conflito real entre nós e eu nem conseguisse sentir ódio dela, simplesmente não rolava simpatia.
Era só pensar nela que minha paciência sumia.
Fiquei parada no jardim, indecisa quanto a entrar em casa ou simplesmente dar meia-volta. Afinal, aquele lugar pertencia a George e, se Mariana estivesse ali, era lógico que ela seria a verdadeira dona, enquanto eu não passava de uma sombra, nada mais.
Pelo que eu entendia das intenções do George, ele sempre evitou magoar Mariana. Não queria nunca que ela descobrisse o tipo de relação às escondidas que mantinha comigo. No fundo, ele preferia manter tudo em segredo, por vergonha, orgulho ou puro medo de conflito.
Pensar naquelas coisas só me fazia me sentir cada vez menos parte daquele espaço, e a verdade era que eu quase desisti de entrar.
Foi então que, antes que eu escapasse dali em silêncio, vi George na porta. Ele não p