— Hã? Eu não tinha nenhum propósito. — Respondi por instinto.
Mal as palavras saíram da minha boca, os dedos dele se apertaram ainda mais.
Tentei afastar sua mão, desconfortável:
— George, não faz isso... Se tiver algo para dizer, a gente pode conversar.
— Conversar? E para quê, se você não me diz a verdade? — Resmungou com frieza.
Lambi os lábios, tentando me explicar com dificuldade:
— Não é que eu não queira falar a verdade, é que... Você não acredita.
— O que você diz parece mentira contada para enganar tolo. Acha mesmo que eu vou acreditar? Hmph... — Ele soltou uma risada carregada de sarcasmo. — Valentina, no fundo você pensa que eu sou fácil de enganar, não é?
Seus olhos escuros estavam carregados de frieza, afiados como lâminas.
Ele se aproximou ainda mais de mim, devagar, com um sorriso arrastado.
— Srta. Valentina, desde pequena você teve acesso a todo tipo de comida rara e requintada. Quer que eu acredite que, de repente, passou a desejar suplementos nutritivos? Se for para