Um sentimento de ironia tomou conta do meu coração naquele instante. Ele não estava no quarto da Mariana, cuidando da sua querida, isso sim era raro.
Fechei os olhos, com dor, e então forcei meu corpo a caminhar em direção ao quarto.
Tudo o que eu precisava era entrar, tomar um banho quente e dormir bem. Tudo o que aconteceu naquela noite tinha sido apenas um pesadelo, e bastava uma boa noite de sono. Sim, era só dormir. Quando eu acordasse, tudo já teria passado.
Eu sentia frio e tremia, mas meu corpo estava absurdamente quente, como se pegasse fogo. Era insuportável. Me sentia completamente mal, cada parte de mim doía, e eu nem conseguia manter os olhos abertos.
Mordi o interior dos lábios, dando passos com extrema dificuldade.
— Pare aí! — Eu mal tinha chegado à porta do quarto, a voz fria e sombria do homem soou atrás de mim.
Fiquei paralisada e não me virei. Ele se aproximou, e sua voz, indiferente mas cheia de raiva contida, soou acima da minha cabeça.
— Onde você foi se divertir