Por um instante, pensei ter visto o George, e meus olhos, ansiosos para localizá-lo, imediatamente vasculharam a plateia.
Mas quanto mais eu observava, mais certa ficava de que ele realmente não estava ali. Devia ser só minha cabeça pregando peças por causa do nervosismo, afinal, o George estava em Santa Mar. Que sentido teria ele aparecer nesse evento?
Antes que eu pudesse me recuperar desses pensamentos confusos, a música começou a tocar. Foram vinte anos de prática, e bastou o som irromper pelo salão para que meu corpo inteiro entrasse no ritmo, quase como se tudo ao redor tivesse desaparecido.
Tinha avisado ao Gabriel que faria uma dança contemporânea bem tradicional, mas com o público animado, achei melhor incluir alguns movimentos de quadril para dar um charme a mais.
Acho que deu certo, pois a reação foi imediata e explosiva, os aplausos se misturavam a gritos de incentivo, criando uma energia no ar.
Naquele momento, enquanto rodopiava pelo palco, minha cabeça se encheu de lem