Minha boca falou antes que a razão pudesse me impedir:
— George...
Assim que o chamei daquele jeito, ele pisou bruscamente no freio.
Instintivamente, apoiei as mãos no painel à minha frente, assustada, e o encarei:
— Por que você parou o carro de repente?
Felizmente, estávamos em uma estrada secundária e quase não havia outros veículos por perto.
Ele segurava o volante com força e me olhava com uma expressão visivelmente constrangida:
— Por que você me chamou assim?
De repente, percebi que, de fato, eu o chamei de "George" com um tom estranho e forçado.
Mordi os lábios, irritada comigo mesma. Aquilo tinha sido um impulso, uma tolice da minha parte.
Ele gostava da Mariana, e era por isso que apreciava ser chamado assim por ela.
Ele me desprezava tanto, e, mesmo assim, eu o chamei daquele jeito... Provavelmente, ele achou aquilo repugnante, tanto que foi capaz de pisar no freio apenas de desgosto.
— Não fique me chamando à toa. Vai acabar me atrapalhando na direção. — Ele me repreendeu c