Meu rosto estava sombrio.
Ele sempre falava de maneira tão desagradável.
Teria sido muito melhor se ele tivesse deixado de lado aquela frase: "Pelo menos você é minha parceira de cama."
O recepcionista na entrada do restaurante logo veio ao nosso encontro, solícito, pegando a chave do carro e o paletó de George.
— Presidente George, seja muito bem-vindo, seja muito bem-vindo.
Eles também me viram, mas nem se dignaram a me cumprimentar, o olhar que me lançaram carregava até um toque de desprezo.
Curvei os lábios ironicamente.
O mundo era mesmo assim, movido a interesse.
No passado, eu fui uma cliente distinta daquele lugar.
Sempre que ia com Clara ou com minha família, eles me tratavam com enorme respeito, me chamando incessantemente de "Srta. Valentina".
E, naquela época, a atitude deles para com George era completamente diferente do que se via então.
Me lembrava de uma vez, no aniversário de Clara, quando jantamos ali.
Clara convidou vários amigos, homens e mulheres, a maioria dos qua