— Valentina!
De fato, era a voz de George, fria e sombria, como se tivesse saído direto do inferno.
Ele parecia ter absoluta certeza de que era eu, e aquele tom de voz, cerrando os dentes, transmitia a intenção de me matar.
Prendi a respiração, sem ousar desligar o telefone, tampouco emitir qualquer som.
"E agora, o que eu faço?"
Enquanto eu me desesperava, sem saber como agir, de repente se ouviu uma batida na porta.
Pensei imediatamente que deveria ser Michel, meus olhos brilharam e corri apressada para abrir a porta.
E, de fato, era Michel.
Michel ficou surpreso por um instante. Antes que ele dissesse qualquer coisa, me apressei em fazer um gesto de silêncio, entregando a ele o telefone e sinalizando para que ele atendesse para mim.
Michel me lançou um olhar intrigado, depois falou ao telefone:
— Alô?
Fiquei parada, o observando atentamente.
Vi que ele repetiu "alô" algumas vezes antes de perguntar:
— Quem é? Diga alguma coisa!
Depois de um tempo, Michel devolveu o telefone para mim