Damian
A porta se fechou atrás de nós com um estrondo. O quarto estava escuro, só uma lamparina acesa perto da cama. Selene sentou, exausta, o braço envolto em sangue. Damon ficou parado, respirando pesado, e eu também, entre raiva, medo e alívio.
— Você quer nos matar? — perguntei, a voz rouca demais.
Ela ergueu o olhar, cansado, mas firme.
— Eu trouxe as rotas. Kaleb planeja três frentes de ataque. Se eu não tivesse ido…
— Se você tivesse morrido… — interrompeu Damon, com o tom frio e ferido — nós dois teríamos ido atrás da sua alma até o inferno.
Ela arqueou a sobrancelha.
— Não morri.
— Ainda. — corrigi, cruzando os braços — Você não entende, Selene. Quando você se fere, o vínculo se sente em nós.
Damon deu um passo à frente.
— Quer saber o que eu senti quando o seu sangue caiu na terra? O chão gritou dentro de mim. Pensei que tinha perdido tudo.
Selene abaixou os olhos.
— Eu não podia esperar o amanhecer. Kaleb está perto demais.
— Kaleb está sempre perto demais. — rosnei — M