Selene
O pacto com Damian ainda queimava em minha pele como uma marca invisível. A promessa de proteção e poder havia me dado uma estranha sensação de chão firme pela primeira vez desde o massacre. Mas a lua não se contenta em nos dar apenas o que pedimos. Ela exige mais.
Quando a noite caiu, senti a mudança na fortaleza. O ar ficou mais pesado, as tochas mais vivas, como se a própria pedra esperasse por ele. E então Damon apareceu.
A semelhança com Damian era cruel. O mesmo rosto, o mesmo corpo, mas com a aura oposta. Onde Damian era solidez e honra, Damon era noite afiada, orgulho em forma de homem.
Ele entrou sem pedir licença, como se meu quarto fosse extensão natural de seu domínio.
— Você acha que um pacto com Damian basta? — perguntou, a voz baixa, mas cortante — Nenhum acordo tem validade se eu não assino também… como eu disse.
Senti Ash rosnar dentro de mim, pronta para morder.
— “Não o deixe impor regras. Você não é moeda, Selene.”
— Não preciso da sua aprovação. — retruquei